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terça-feira, 11 de maio de 2010

O Futuro dos Jornais

No livro "Diálogos da Perplexidade: Reflexões Críticas sobre a Mídia", lançado pela editora Perseu Abramo, em 2009, os autores Bernardo Kucinski e Venício de Lima refletem, através de uma conversa acessível ao leitor, sobre a atual função dos veículos de comunicação na sociedade brasileira.
Kucinski e Lima indicam que o caráter noticioso ainda presente no jornal impresso deve ser abolido, pois não é mais viável a repetição de notícias já veiculadas horas antes na tevê, no rádio e na internet. Para continuar a existir, o impresso deve apresentar um conteúdo mais interpretativo, refletindo sobre as conseqüências dos fatos.



Além disso, os autores usaram uma declaração da filósofa Marilena Chauí para continuar a análise sobre os jornais impressos brasileiros. Para Chauí, os títulos dos jornais “estão se tornando adversativos”, o que mostra um sinal da evolução pela qual o jornal impresso tem de passar, pois, nesse caso, os títulos das matérias já vêm apresentando uma análise, uma opinião. Ao relato dos acontecimentos, uma posição é somada. Esse é o passo à frente obrigatório para as publicações diárias de impresso. Mas, segundo os autores, para isso se consolidar, é necessário jornalistas qualificados para opinar.




* TEXTO sobre o livro "Diálogos da Perplexidade: Reflexões Críticas sobre a Mídia" (dois primeiros tópicos)


Por: Arthur Castro

A Internet na Eleição de Obama


A internet impulsionou a campanha de Barack Obama. Fato. Mas é inegável que o atual presidente dos Estados Unidos teve que recorrer ao auxílio da TV para vencer as eleições naquele país. Com isso fica evidente também a força que este media ainda exerce na população. Esta afirmativa encontra-se no livro "Diálogos da perplexidade: Reflexões Críticas Sobre a Mídia" dos autores Venício de Lima e Bernardo Kucinski.

A eleição de Obama no país mais poderoso quebra alguns paradigmas, tais como: o processo de afirmação dos subalternos* e a potencialidade da internet. Estudiosos afirmam que a verba da campanha de Barack Obama foi oriunda da internet, da mobilização dos internautas e das minorias que clamavam por reformas (posturas) naquele país.

Por fim é possível notar o seguinte paradoxo: democratização versus manipulação. Apesar da grande mobilização gerada pela comunicação participativa, esta não consegue neutralizar a influência dos meios de comunicação de massa na sociedade.



* Leiam-se minorias como os indígenas na Bolívia e os negros nos Estados Unidos.




Por: Débora Quaresma

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Mudança dos Grandes Jornais




Texto feito após uma análise e debate do terceiro capítulo do livro "Diálogos da perplexidade: Reflexões Críticas Sobre a Mídia" dos autores Venício de Lima e Bernardo Kucinski.
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A mudança da função dos grandes jornais impressos: afinal, eles irão acabar ou não?
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Os impressos enfrentam problemas deste o surgimento da televisão. Esse chove-e-não-molha de "acabar ou não acabar, eis a questão", não é mais novidade. Mas, com a disseminação da internet mundo afora, se tornando responsável pela notícia em primeiríssima mão sempre, a situação dos impressos piorou consideravelmente.
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Há muito tempo os jornalões deixaram de ser os primeiros a dar a notícia. Em suas páginas, só tem notícia velha, que todo mundo já sabe. Sob essa perspectiva é que destaca-se seu novo comportamento: estão mais prospectivos e opinativos, como forma de manipulação.
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Portanto, não é mais incomum ler nos impressos matérias parciais, cheias de valores moralistas e pontos de vista ideológicos. É essa a nova maneira de dar notícia. Além disso, para não perder mais do que já perderam, os jornais estão adotando a política "unidos venceremos", que os fazem esquecer as pequenas divergências políticas em prol de um "bem maior": aumentar sua influência decadente, e assim, sobreviver.
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E assim, adotam uma uniformidade ideológica: todos são contra e a favor das mesmas posições, já que no fundo, tem o mesmo interesse, que é o de se manter no mercado. Alguns exemplos: todos defendem a ALCA, todos são contra o MERCOSUL, contra o Fundo Soberano, as cotas de universidade... isso é uniformidade.
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Também por conta do efeito da evolução tecnológica, que quebra o monopólio dos impressos, é que a grande maioria está migrando para os meios eletrônicos através das páginas virtuais. E é lá que são colocadas as notícias na íntegra, sem opiniões ou posicionamento ideológico. A necessidade de estar online é para passar a pura informação.
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Segundo os autores, talvez só tenha restado uma função para os jornalões: a de organizar as notícias, visando suas relevâncias para o meio social. Afinal, não é qualquer coisa que aparece em um jornal, as notícias são selecionadas.
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Se os jornais vão mesmo desaparecer com o tempo? Talvez sim, talvez não.
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O antigo hábito de ler jornais impressos está impregnado na cultura. O número de leitores pode estar reduzindo, mas ainda não chegou ao nulo. Ainda vemos pessoas lendo jornais, com uma frequência até considerável. Nós lemos jornais.
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Mas, se daqui a uns anos for implantado nas crianças e jovens o hábito de acordar com um computador portátil à mão... é. Não dá para ter uma resposta agora.
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É esperar e ver.
Por Ingred Rocha
e
Vivian Mendes

Supraeditores e a Grande Mídia.

Imagina se existisse apenas um jornal em todo o planeta... As mesmas notícias, as mesmas fontes, a mesma revisão e edição para todo o mundo. Imaginou? Pois esse mundo imaginário é mais real do que muitos pensam! Estou falando de uma idéia que Venício de Lima e Bernardo Kucinski abordam no livro “Diálogos da Perplexidade: Reflexões Críticas Sobre a Mídia”, o SUPRAEDITOR.



Os autores argumentam que apesar das divergências existentes entre as grandes mídias globais, decorrentes da disputa de mercado, todas elas trabalham dentro de uma mesma lógica. Seria como se existisse um único editor que pegasse todas as principais matérias dos principais jornais e fizesse uma única e mesma edição, apenas com pequenas diferenças aqui e acolá.

Esse processo de reealimentação das informações nos grandes jornais acontece graças as “leituras recíprocas”, ou seja, os jornalistas buscando as informações em seus pares, na internet e em outros jornais. Através desse processo surgem os “supraeditores”.

Porém, vamos salientar que esse fenômeno não é geral. Um exemplo é em nosso próprio país, quando falamos do Governo Lula. Todos os jornais do mundo – a imprensa global – posicionam-se positivamente perante o Lula e seu governo, enquanto que no Brasil há uma resistência dos veículos de comunicação, criticando incessantemente o presidente e seu governo. Talvez isso aconteça pelo motivo de termos uma imprensa ainda bastante oligárquica e elitista, que não quer reconhecer certos fenômenos políticos que a grande mídia dos países centrais já aceita.



Por: Adriano Padilha