terça-feira, 1 de junho de 2010

Do céu ao inferno ambiental

No dia 20 de maio o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou que o desmatamento na Amazônia teria diminuído 50% esse ano em relação ao ano de 2009 - o menor índice de desmatamento já registrado. O impacto da notícia trouxe excelência nas políticas de fiscalização aplicadas na região.

Porém a greve de fiscais do IBAMA iniciada em 12 de abril acabou gerando certo contraponto nessa na redução do abatimento da Floresta Amazônicas. Na pesquisa feita pela INPE, os oito municípios monitoras pelo programa contra o desmatamento, já haviam reduzido 70% da retirada de madeira ilegal. Com a greve a clandestinidade ambiental entrou novamente de maneira eficaz, aproveitando a ausência ou a sobrecarga dos fiscais na região. A preocupante situação pode se intensificar ainda mais com a chegada do período de maior desmatamento, quando termina o inverno amazônico.

Para piorar ainda mais a situação, com estamos em ano eleitoral e grande parte dos políticos tem parceria com empresas do ramo madeireiro, a negligência prevalece e a responsabilidade ambiental vai para o “beleléu”. Para não perder votos, políticos fazem vista grossa, com a esperança de retornos financeiros e eleitoreiros.

Estava planejado para o mês de Abril, 60 operações na região, de todas apenas uma foi aplicada. Já no mês de Maio, 56 operações foram programadas, 30 foram suspensas e 17 estão em andamento. Em uma entrevista dada a Agência Estado, o coordenador de fiscalização do Ibama, Roberto Borges diz, "Infelizmente há uma relação entre o aumento do desmatamento e a greve, que acabou atrapalhando as operações".

O reflexo da greve está gerando um retrocesso gigantesco na proteção da floresta Amazônica. Enquanto não for regulamentado a situação dos servidores do Ibama, o que já era ruim ficará ainda pior. O INPE fará novos estudos para saber o quanto à floresta foi prejudica nesse meio tempo.

Mas como já diziam os poetas de mesa de bar, “felicidade de pobre dura pouco”, muito pouco!


Por: Pedro Cavalcante

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