sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eleições 2010: Hora de escolher, sim. E de mudar também.

Ano de eleições começa sempre assim, com um burburinho:
"Fulano de tal pode se candidatar e o Cicrano ali pode tentar reeleição."
Suposições vem e vão até que chegam as confirmações dos candidatos, seguidas de muitas dúvidas:
"Será que o Candidato A vai fazer aquilo mesmo? Quais são as propostas do Candidato C?"
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E misteriosamente, os candidatos começam mostrar todo serviço que (muitos) deixam de fazer durante anos e começam a seguir o exemplo de Cristo: prometem os milagres mais maravilhosos.
(Só que, segundo a Bíblia, Cristo realmente fazia milagres.)
Passa ano e entra ano e as coisas até mudam, mas tão pouco e tão devagar para tanto tempo. E as pedras nos sapatos do Brasil começam a virar rochas.
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Não é que todo político seja ruim e não preste. Alguns até devem fazer seu serviço. (Alguém tem que acreditar nisso!) Mas, como a maioria deixa a desejar, a imagem só piora. Quem é mesmo que confia em político? Porém, se pararmos para pensar nas pessoas em si, em como elas são, chegamos à conclusão que ninguém é perfeito, que todo mundo erra e que é difícil confiar. Não é? Ainda mais, em quem a gente não conhece. Pior ainda, para entregar todos os poderes de um país e nação nas mãos desta pessoa! É, é uma situação bem delicada mesmo, por isso, deve ser pensada e repensada várias vezes - e mesmo assim, no final, ainda corre o risco do tiro sair pela culatra.
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Então, em ano de eleição, é super importante diferenciar valores e saber escolher: O partido, ou o político?
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Recentemente conheci grupos extremistas de esquerda e direita, e é impressionante como eles votariam nos candidatos do partido sem questionar, por mais que esses candidatos não sejam, de fato, bons. Talvez exista algum interesse com o partido por trás desta escolha, ou talvez seja apenas amor pelo partido mesmo, militância política.
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Se for a primeira suposição, temos um grande problema de eleitor e candidato: se político não presta, quem vota nele, também não. (E em tese, é isso que acontece: a política atual é o reflexo do povo. E nessa história, ninguém é santo.) Um fala mal do outro, mas no fundo, todos são farinha do mesmo saco. O problema é que o "jeitinho brasileiro" de resolver as coisas, mais o egoísmo humano faz parte da cultura e do povo inteiro, não só de alguns. Logo, se o partido (ou o próprio político) dá algo em troca do voto, a situação jamais vai sair de onde está.
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Se for a segunda suposição, "amor" ao partido, é tão ruim quanto. Pois aqueles que são muito fechados em apenas uma ideologia não são abertos à outras, e se não são abertos, não entendem o lado que não seja o seu, e se não entendem, nada de democracia. Parece um jogo sem saída.
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Então, como chegar na tão sonhada democracia?
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O fato é: não dá para chegar lá. A democracia líquida e prática de fato, nunca saiu da teoria. É linda, é bonita e até mesmo poética, mas não é realidade, de fato. É que nem a paz mundial. Triste? Sim, com certeza. Todavia, ainda existem soluções que podem amenizar as coisas e uma delas, é saber escolher bem o candidato, separando do partido político e, principalmente, separando das nossas próprias vontades pessoais.
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Pense no seu bem, mas não deixe que ele afete o bem coletivo. Isto é ser sociável e pensar na sociedade. É como a homofobia: cada um tem o direito livre de gostar ou não gostar de homossexuais. Mas, a partir do momento que o não gostar desrespeita o próximo e o afeta, é um problema da sociedade, do convívio entre os homens. Todos temos interesses e sonhos que podem (e devem) ser realizados, contanto que não ultrapassem o limite. Portanto, nessas eleições se torna essencial que nós, brasileiros, saibamos escolher pensando no bem social.
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Por Vivian Nery Mendes
Aprendiz de jornalista
Twitter: @ViviFlowright

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