quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Internet como mídia de alienação?

Internet aliena?Os tecnofóbicos dirão que sim.Os tecnotimistas, que não.Mas ambos têm razão, pois qualquer mídia, como a vida, é um espaço de relação, que se estabelece a cada dia.Tanto pode, quanto não pode, depende.Por si só, não depende da mídia em si, mas do auto-conhecimento de cada um e da relação que estabelece com o lado exterior.Podemos nos alienar de nós, dos outros, do mundo, hoje.E nos conscientizar, de novo, amanhã.

É um ciclo.Não existe o conscientizado nem o alienado, mas um pêndulo.Claro, que a prática da conscientização, cria um passado conscientizador, ferramentas e mecanismos, que nos impedem de cair na casca de banana da alienação, mas a casca está sempre lá, pedindo pisada, dentro de nós.Podemos ver televisão, ou ler romances, um fim de semana inteiro.Esquecer que o sol brilha lá fora.Independe da mídia.

Cada meio, assim, tem o seu quê de alienante, basta o usuário estar mordido pela compulsão.E querer transformar alhos em bugalhos.O que pode ser remédio em veneno, ou vice-versa, como dizia Lévy.Hoje, vejo muita gente defendendo o uso da Internet de forma tão radical, tão compulsiva.Twittando que nem um animal no cio, deixando a ansiedade levá-lo para passear e não levando-a para fazer xixi.Tá tudo dominado!Ou seja, nem o rádio, nem a tevê, os livros, ou a web são alienantes ou conscientizadoras, depende do uso que fazemos dela.E aí depende da sabedoria de cada um de se auto-conhecer, principalmente, nos proteger daqueles gatilhos que nos despertam a vontade de ligar o piloto automático e sair por aí como autômatos.

POR GILSON SANTOS E SUZIELEN CALDAS

FONTE: http://imasters.uol.com.br/

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