Os autores argumentam que apesar das divergências existentes entre as grandes mídias globais, decorrentes da disputa de mercado, todas elas trabalham dentro de uma mesma lógica. Seria como se existisse um único editor que pegasse todas as principais matérias dos principais jornais e fizesse uma única e mesma edição, apenas com pequenas diferenças aqui e acolá.
Esse processo de reealimentação das informações nos grandes jornais acontece graças as “leituras recíprocas”, ou seja, os jornalistas buscando as informações em seus pares, na internet e em outros jornais. Através desse processo surgem os “supraeditores”.
Porém, vamos salientar que esse fenômeno não é geral. Um exemplo é em nosso próprio país, quando falamos do Governo Lula. Todos os jornais do mundo – a imprensa global – posicionam-se positivamente perante o Lula e seu governo, enquanto que no Brasil há uma resistência dos veículos de comunicação, criticando incessantemente o presidente e seu governo. Talvez isso aconteça pelo motivo de termos uma imprensa ainda bastante oligárquica e elitista, que não quer reconhecer certos fenômenos políticos que a grande mídia dos países centrais já aceita.
Por: Adriano Padilha
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