segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Mudança dos Grandes Jornais




Texto feito após uma análise e debate do terceiro capítulo do livro "Diálogos da perplexidade: Reflexões Críticas Sobre a Mídia" dos autores Venício de Lima e Bernardo Kucinski.
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A mudança da função dos grandes jornais impressos: afinal, eles irão acabar ou não?
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Os impressos enfrentam problemas deste o surgimento da televisão. Esse chove-e-não-molha de "acabar ou não acabar, eis a questão", não é mais novidade. Mas, com a disseminação da internet mundo afora, se tornando responsável pela notícia em primeiríssima mão sempre, a situação dos impressos piorou consideravelmente.
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Há muito tempo os jornalões deixaram de ser os primeiros a dar a notícia. Em suas páginas, só tem notícia velha, que todo mundo já sabe. Sob essa perspectiva é que destaca-se seu novo comportamento: estão mais prospectivos e opinativos, como forma de manipulação.
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Portanto, não é mais incomum ler nos impressos matérias parciais, cheias de valores moralistas e pontos de vista ideológicos. É essa a nova maneira de dar notícia. Além disso, para não perder mais do que já perderam, os jornais estão adotando a política "unidos venceremos", que os fazem esquecer as pequenas divergências políticas em prol de um "bem maior": aumentar sua influência decadente, e assim, sobreviver.
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E assim, adotam uma uniformidade ideológica: todos são contra e a favor das mesmas posições, já que no fundo, tem o mesmo interesse, que é o de se manter no mercado. Alguns exemplos: todos defendem a ALCA, todos são contra o MERCOSUL, contra o Fundo Soberano, as cotas de universidade... isso é uniformidade.
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Também por conta do efeito da evolução tecnológica, que quebra o monopólio dos impressos, é que a grande maioria está migrando para os meios eletrônicos através das páginas virtuais. E é lá que são colocadas as notícias na íntegra, sem opiniões ou posicionamento ideológico. A necessidade de estar online é para passar a pura informação.
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Segundo os autores, talvez só tenha restado uma função para os jornalões: a de organizar as notícias, visando suas relevâncias para o meio social. Afinal, não é qualquer coisa que aparece em um jornal, as notícias são selecionadas.
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Se os jornais vão mesmo desaparecer com o tempo? Talvez sim, talvez não.
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O antigo hábito de ler jornais impressos está impregnado na cultura. O número de leitores pode estar reduzindo, mas ainda não chegou ao nulo. Ainda vemos pessoas lendo jornais, com uma frequência até considerável. Nós lemos jornais.
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Mas, se daqui a uns anos for implantado nas crianças e jovens o hábito de acordar com um computador portátil à mão... é. Não dá para ter uma resposta agora.
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É esperar e ver.
Por Ingred Rocha
e
Vivian Mendes

3 comentários:

  1. Senhoras
    No post de vocês há fragrmentos do texto do livro na íntegra.

    A idéia era que vocês realizassem a reflexão. Podem até colocar trechos, mas com a devida citação e extraindo os pontos prinicipais


    Codrial abraço
    Rogério

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  2. Professor, gostaria que o senho, por favor, apontasse os trechos iguais, porque tudo foi escrito, não há nada transcrito.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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