terça-feira, 1 de junho de 2010

Usina de Belo Monte


A proposta de construir uma barragem hidrelétrica no rio Xingu, tem sido uma fonte de controvérsia no país. O projeto inicial foi abandonado na década de 1990 em meio a protestos generalizados, tanto no Brasil e no mundo. O governo diz que o projeto foi modificado levando em conta as críticas de que iria ameaçar o modo de vida dos povos indígenas que vivem na área. Grupos ambientalistas dizem que a barragem de Belo Monte além ameaçar a sobrevivência dos grupos indígenas ira afetar negativamente as vidas de cerca de 40.000 pessoas que vivem na região já que mais de 500 quilômetros quadrados de terras seriam inundadas, isso sem levar em conta a flora e fauna que será prejudicada.O governo rejeitou as críticas e prometeu que o consórcio vencedor pagaria US $ 800 milhões de dólares para proteger o meio ambiente.
Um dos argumentos do governo é que como a economia do Brasil continua a mostrar sinais de crescimento, usinas hidrelétricas são uma forma vital para assegurar o abastecimento de energia na próxima década e que a usina fornecerá eletricidade a 23 milhões de lares.
Críticos dizem que a usina Belo Monte será altamente ineficiente, gerando menos de 10% da sua capacidade durante três a quatro meses do ano, quando os níveis de água estão baixos.
Cerca de 80% da energia no Brasil provém de usinas hidrelétricas o governo estima que apenas um terço do potencial hidrelétrico do país tenha sido batido sendo que a maioria das áreas está na bacia Amazônica.
A energia hidrelétrica é muitas vezes elogiada como renováveis e de baixa emissão de gases poluentes, mas que muitas vezes causa a degradação da natureza em torno da usina e o deslocamento de grande massivo de pessoas. Ambientalistas argumentam que o Brasil deveria visar o aumento da eficiência das usinas atuais e a utilização de fontes de energia alternativas, como eólica e solar, ao invés da construção de represas.
Mas o governo diz que tem a necessidade urgente de produzir uma grande quantidade de energia para alimentar uma economia em expansão e que a queima de petróleo, gás ou carvão em usinas de energia convencional seria a única outra opção viável. Com a barragem Belo Monte e outros projetos semelhantes que se deslocam para frente, o debate sobre o desenvolvimento e o conflito com a conservação da natureza tende a crescer.
Por: Janaina Haila

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